Atletismo: Em manifesto, Reino Unido pede restabelecimento de recordes

A Federação de Atletismo do Reino Unido publicou nesta segunda-feira (11) um manifesto com sugestões de medidas para limpar o nome do atletismo mundial. Enviado à Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e à Agência Mundial Antidoping (Wada), o documento contém 14 propostas. Dentre outras coisas, ele pede que todos os recordes mundiais sejam restabelecidos após o escândalo de doping russo e que atletas envolvidos sejam proibidos de participar de novas competições ou se envolver no esporte por tempo indefinido.

 

"A integridade do atletismo foi desafiada como nunca antes em 2015. Fãs de esportes e atletas limpos sofreram uma grande desilusão com o esporte. A confiança no atletismo está no seu ponto mais baixo em décadas. Maior transparência, sanções mais duras, proibições mais longas - e até mesmo acertar o relógio em recordes mundiais para uma nova era. Devemos estar abertos a fazer o que for preciso para restaurar a credibilidade do esporte", declarou o presidente da Federação do Reino Unido, Ed Warner.

 

Ainda segundo as 14 propostas do manifesto, a Wada deverá manter um registro público atualizado de todos os testes de doping realizados no mundo. O texto também sugere que as punições para quem infringir as regras sejam alargadas a um mínimo de oito anos por delitos graves de doping. A medida visa garantir que os atletas não participem de ao menos dois ciclos Olímpicos ou Paralímpicos. 

 

Também nesta segunda-feira, membros da comissão da especial da IAAF iniciam uma rápida visita à Rússia para avaliar a maneira como a Federação de Atletismo da Rússia (Araf) está agindo após a suspensão do país nas competições. A comissão tem como presidente o norueguês Rune Andersen (antigo responsável pela Agência Mundial Antidoping) e é composta por mais três membros do conselho da IAAF: a canadense Abby Hoffman, a italiana Anna Riccardi (ex-campeã do mundo dos 200m) e Geoff Gardner, antigo presidente da Assembléia Legislativa de L'ile Norfolk.