Por: Sportclick News em Últimas Notícias • 31/10/2011


Coube ao ex-catador de lixo Solonei Rocha a honra de fechar o quadro de medalhas do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Neste domingo, o paulista de Penápolis venceu a maratona com folga e garantiu o 48º ouro do país, que não disputa mais medalhas na competição.
 
"Quero mandar um recado para a coleta do Brasil. Vocês são de ouro. Hoje vocês ganharam comigo. Estamos juntos", disse Solonei, que tem 29 anos, começou a treinar profissionalmente há dois e antes disso trabalhava na coleta de lixo de sua cidade natal.

Solonei, dono do melhor tempo de entrada na prova e favorito para o primeiro lugar, não teve trabalho para conquistar a medalha nas ruas de Guadalajara. O brasileiro se manteve no pelotão de frente até cerca de 10km de prova, quando o outro brasileiro, Jean da Silva, liderava sem se destacar e acabou terminando a prova na nona colocação.

 A partir do primeiro quarto da prova, no entanto, Solonei disparou. O brasileiro impôs um ritmo forte mesmo debaixo de um forte sol e não foi incomodado pelos rivais. Os colombianos Diego Alberto Colorado e Juan Cardona fecharam o pódio de uma das últimas provas do Pan de Guadalajara.

 Agora, o Brasil só disputa a competição de rúgbi. Como perdeu para o Uruguai por 7 a 0 no primeiro jogo deste domingo, o time verde-amarelo não tem mais chances de medalha e vai brigar para ver quem fica entre o quinto e o oitavo lugar.

 Com isso, Solonei é oficialmente o último medalhista de ouro do Brasil no Pan. A vitória coroa um bom trabalho do atletismo brasileiro no México. Foram dez ouros na competição, com seis pratas e sete bronzes. No Pan de 2007, no Rio de Janeiro, tinham sido nove ouros, cinco pratas e nove bronzes, pior que o desempenho atual, portanto.

O campeão da maratona poderia levar também o prêmio de atleta mais carismático do Pan de Guadalajara. Solícito, sorridente e com uma história de vida admirável, Solonei Rocha sambou para a torcida mexicana, emocionou os jornalistas com seu passado como ex-lixeiro e agora fala em fazer faculdade depois de completar o ensino médio com um supletivo.

Logo após conquistar o ouro, Solonei esbanjou simpatia. Em frente a uma arquibancada lotada, esqueceu o cansaço e acompanhou com passinhos de samba o batuque que tomava conta da chegada. Na hora de ser entrevistado, emocionou os jornalistas presentes.
 
Solonei Rocha tem 29 anos e nasceu em Penapólis, no interior de São Paulo. Até dois anos atrás, trabalhava para a Prefeitura de sua cidade na coleta de lixo. “Essa vida pregressa ajudou na formação física dele, porque ele fazia todo dia um trajeto de 25 km correndo atrás do caminhão”, disse Clodoaldo Carmo, técnico de Solonei.


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